Oque significa o termo kitsch?
A palavra, de origem alemã, é utilizada para descrever, categorizar, objetos de valor estético exagerado, distorcido. Há quem diga que objetos kitsch servem mais para chamar a atenção a um determinado móvel comum muito mais do que normalmente chamaria.
Pinguim - Drama e humor na geladeira
Há quem diga que pinguins sobre a geladeira é kitsch.
Qual é a sua reação ao se deparar com um pinguim de louça em cima da geladeira?
Arrepio, gargalhada ou simpatia?
Seja qual for o resultado, ele é mais legítimo e legal do que o DNA cafona que a ave carrega.
“Acredito que o mito não seja o pinguim e sim falar que algo é brega”, diz Marcelo Rosenbaum. Para o designer, tudo pode e depende da história de cada um. Não existe o proibido. “Acredito que a relação das pessoas com os objetos é algo íntimo e pessoal.” Cada um tem o direito de colocar o que quiser e onde quiser, desde que aquilo corresponda à sua essência. Isso vale para o pinguim de qualquer cor e material ou outra peça. Segundo Rosenbaum, tirar objetos de seu contexto pode ser interessante. “Nada precisa estar onde foi dito para ficar. O que conta é a interpretação de cada um".
Vintage e Retrô
Os móveis vintage ou retrô são super charmosos, cheios de estilo e dão um toque exclusivo na sua decoração.
Formas geométricas, curvas suaves, pés palito, estampas de época... ficam charmosíssimos quando combinados com uma decoração contemporânea.
Estampas Vintage
As estampas "vintage" podem variar de abstrações geométricas para padrões florais estilizados. São ricas em detalhes e proporcionam uma maravilhosa sensação de nostalgia.
Papel de parede Vintage
Reunindo o antigo e o moderno com harmonia
As antiguidades podem ser combinadas aos móveis modernos para dar um efeito diferenciado na decoração. Tudo vai depender dos elementos que são utilizados no visual de cada espaço e também qual estilo será invocado. O charme antigo da mobília pode fazer um contraste com linhas e cores mais modernas, sem cometer exageros.
Penteadeiras
Entre as antiguidades que estão ganhando um novo espaço na decoração, vale ressaltar as penteadeiras.
Elas voltaram e se revelam capazes de personalizar o visual dos quartos, resgatando até mesmo o ritual de sentar-se diante do espelho para escovar os cabelos demoradamente.
Cozinhas
Bege, palha, café-com-leite (fendi) e chocolate, combinadas com muita madeira. Uma mistura ideal para a cozinha "rustica-vintage".
A tendência é diminuir os azulejos das cozinhas,
deixando-os apenas para a área molhada e abusar dos tons de bege para o café-com-leite (fendi) até chegar ao chocolate.
Cozinha Laranja, estimula o apetite.
Black & white
Cozinha verde inibe o apetite.
Cozinha Vintage
Cozinha Turquesa
High-low
O conceito high-low também ganhou espaço em projetos de arquitetura e decoração. High-low uma mescla de estilos na qual equilíbrio é a palavra chave.
Peças ‘high’ são aquelas com alto valor agregado, como produtos de design assinados e obras de arte, por si só conferem ao ambiente uma assinatura diferenciada. Pode ser, uma poltrona de design exclusivo, um pendente ou um sofá.
Peças “low” fazem um contraponto a esse aspecto sofisticado. As peças "low" são básicas, aquelas que complementam o espaço, podem ser garimpadas em antiquários, ferros-velho, supermercados, são exatamente aqueles objetos que não damos valor quando estão isolados, mas que em conjunto com outros móveis podem dar charme e personalidade ao ambiente.
Quartos
Para ter um quarto "Vintage -romântico "você precisa apenas de imaginação e criatividade...peças certas no lugar certo!!!
O que pra muitos é o reaproveitamento de coisas antigas pra outros é questão de estilo e atitude.
Vale peças feitas a mão, tons pastéis, móveis com estilo clássico e detalhes florais, cores mais vibrantes, enfim é um universo de possibilidades e criatividade.
Traços rebuscados que invocam o estilo romântico, peças com pés finos, cadeiras Luis XV.
A cama é um dos móveis mais importantes do quarto de casal, por isso ela deve ter destaque na decoração.
Dosséis
Já foram símbolos de ostentação e nobreza, embalaram o sono de reis e rainhas do mundo real e de contos de fadas.
Veja algumas versões repaginadas do acessório que embalou o sono de reis e rainhas durante séculos.
Dosséis com rede, um espaço despojado.
De ferro, madeira, trabalhado, reto, são inúmeras as possibilidades, alguns dosséis são românticos.
Salas
Viva o Retrô
Em homenagem ao Outubro Rosa - campanha mundial de combate ao câncer de mama.
Estilo "clássico despojado" decora apartamento em Madri.
Apartamento de luxo em Paris.
Vintage Decor
Interior by Kate Hume, Amsterdam.
Turquesa com Capitonê...um toque "vintage".
Capitonê é a técnica presente no encosto da poltrona turquesa. Essa técnica dá um toque vintage à poltrona e deixa tudo mais requintado, com seus botões e preguinhas.
Hall de entrada
Se a primeira impressão é a que fica, o hall de entrada de uma casa deve ser, a despeito do estilo, impactante. Elegância, surpresa e harmonia são atributos que deixam esse ambiente retido na memória.
Mistura estimulante dos estilos clássico e contemporâneo. Imóvel construído em 1930, em Milão, decoradp com peças de design nórdico dos anos 1950 e antiguidades francesas dispostas junto a peças de design atual europeu. Piso geométrico de cerâmica art déco, dos anos 1930, luminária art déco, banco Sella (1957) e a foto do início do século 20. A cadeira Luís XV estofada em tom vibrante cria um ponto luminoso no espaço em tons sóbrios.
Impacto na chegada, com efeito dramático o hall de entrada do apartamento localizado em Curitiba. Paredes e teto revestidas com ébano-de-macassar. O acesso ao living é feito através de um pórtico de mármore travertino, mesmo material usado no piso. Quem está na sala vê o hall emoldurado por essa estrutura ladeada pelo banco Marquesa, de Oscar Niemeyer.
Elegância com leveza, no hall deste apartamento em São Paulo o visual clássico e ao mesmo tempo minimalista. O aparador de ouro brunido, a poltrona revestida de couro e a tela de Mira Schendel formatam a composição de equilibrada leveza no hall, que tem piso revestido de mármore piguês branco. Sobre o aparador, cachepôs de porcelana de Capodimonte.
Como se fosse galeria, com rodapé de 30 cm de altura evoca um toque clássico que contrasta como piso revestido de tecnocimento. A porta de ferro pintado de preto e a coluna e a viga de concreto aparente deram visual arquitetônico à entrada do apartamento, em São Paulo, imprimindo um quê de galeria de arte. O efeito é reforçado pela iluminação direcionada sobre a fotografia de Chapeuzinho Vermelho, assinada por Bruno Vilela.
Espaço para o ecletismo no hall do apartamento em Recife, uma mistura eclética, unindo design assinado com peças artesanais, priorizando a qualidade estética de cada item. O resultado é um ambiente em que há liberdade para mesclar a poltrona Pavo Real, design Patricia Urquiola, par de leões de cerâmica assinado pelo artesão Nuca, de Tracunhaém, Pernambuco, as mesas de apoio e mesa Saarinen customizada com pintura automotiva na cor cobre.
Contraste harmônico na entrada do apartamento na capital paulista, cores neutras do living, piso de tacos de sucupira patinada de branco funciona como base para a vibrante parede forrada como papel Amberdeen Charcoal. Colocada sobre o desenho gráfico desse revestimento, a tela de Luís Paulo Portugal ganha ainda mais luminosidade. O banco estilo Luís XVI, compõe com as outras peças do estar.
Escritórios Vintage
Escritório com mesa de aço anos 70.
Vintage.
Jardins
Uma das melhores coisas de se viver em uma casa é poder usufruir de um espaço ao ar livre.
Porém, nem sempre essa área da casa recebe a atenção adequada no momento da decoração...Podem ser simples ou sofisticado, rustíco, antigo ou contemporâneo. Uma dica é investir em arbustos, essas pequenas árvores podem ser moldadas em diversas formas, são fáceis de encontrar, e ficam lindas em qualquer jardim. Para a forração pode usar pedras, fibras de coco e argila.
Jardins verticais cobrem as paredes, enquanto canteiros revelam as quatro estações do ano. Deque de eucalipto autoclavado foi paginado na horizontal e na vertical, delimitando os espaços apenas visualmente.
Rústico
A primeira impressão é a que fica.
Jardim luxo
Cadeiras - História
Não há objeto de uso individual mais projetado e desenvolvido pelos designers e arquitetos na historia do que a cadeira. Simples cadeiras, que foram e ainda são tão uteis na historia da humanidade desde o mais remoto dos tempos da manufatura rudimentar. Nem todas as cadeiras simples podem ter estruturas longitudinais para apoio dos braços, pois perderiam o seu desenho original. Porem, algumas se completam com esses apoios e ganham força enquanto Design e favorece o conforto do usuario. Esse mais desejado objeto de projeto dos designers fez a historia do Design. Ninguem sabe como nem porque, mas as cadeiras tem um mistica propria e estabelecem uma conexão imediata com o observador. Há uma relação sagrada e intima entre a aspiração do designer e o chamado para ele desenvolver a sua cadeira em especial. Historicamente, o que se pode afirmar é que elas determinaram uma nova forma de proceder o desenvolvimento do produto, um desafio constante e um jeito particular de fazer algo diferente. Todos querem deixar a sua marca fazendo uma cadeira simples e diferente das outras. São milhares e milhares de projetos desenvolvidos por todos os povos, desde a mais simples as mais sofisticadas; desde as feitas em casas por artesãos e marceneiros, as industriais produzidas em grandes quantidades; das criadas por designers anonimos e as que surgiram fruto de conceitos e movimentos estéticos de artistas, arquitetos e designers.
Objeto de desejo
Sussex, Ford Madow Brown, 1880. Essa cadeira é um exemplo para o Design. Um dos varios exemplos da união entre as ideias do grande reformulador do Design William Morris, do pintor-designer Ford Madow Brown e de um jeito particular de fabricar moveis do Condado de Sussex, na Inglaterra. O objetivo era mostrar que era possivel a união entre a simplicidade formal do modernismo e das antigas formas de mobiliario baseados nos “estilos”. Ou melhor dizendo, entre a manufatura e a industria. E entre, a forma rabiscada e pesada e a forma pura e leve; o que se mantem no tempo e a rebeldia; entre o tradicional e a ousadia da liberdade criativa. Ela representa a fase de transição entre o que se fazia em termos de Design preso as formas do passado e o futuro das formas inovadoras do modernismo. Não se faz mais coisas desse tipo no Design de hoje, mas se alguem ousar, vai cair nesse modo particular de desenvolver cadeiras, o Sussex.
Christopher Dresser, 1883. O escocês Cristopher Dresser é considerado por muitos como o primeiro designer da historia industrial. Ele briga com o Peter Behrens por essa elevada posição. Esquecendo esse papo, o que prevalece é a sua importancia para a historia do Design. Como as suas cadeiras. Essa é de 1883, e uma das mais bem desenvolvidas por ele: o Design é de uma clareza de intenções a toda prova. Ela é o que pretende ser: leve, confortavel, de linhas puras. Conjuga tubos de mesmo diametro ora inteiros, ora com pontas afuniladas na estrutura com os tubos mais finos no espaldar. O assento de madeira inteiriça, pintada da mesma cor que a estrutura, completa o vazio explicito do resto, é o contraponto formal, dando mais rigidez, peso e segurança ao conjunto.
SHAKER, Ernest Gimbson, 1895. Essa cadeira tem uma caracteristica incomum: é a solução formal mais imitada de todas as cadeiras criadas até hoje. Ela é unica. Com o seu espaldar alto composto de reguas paralelas horizontais e com recortes na parte de cima -, que lembram nuvens se elevando no horizonte -, ela se tornou um paradigma, uma “forma modelo”. Quem se aventurar a fazer alguma coisa parecida, volta sempre para ela. Ela é, antes de tudo, uma Estrutura Formal para multivariar os modelos que alguem ouse desenvolver. È também um icone do Design Shaker, os religiosos ingleses que se estabeleceram nos EUA e se tornaram celebres pela manufatura de moveis simples, de bom Design e sempre bem executados. Vale notar as pequenas diferenças nos detalhes formais, principalmente no numero e no formato das travessas horizontais do espaldar.
BLOEMENWERF, Henry van de Velde, 1895. O arquiteto e designer belga Henry van de Velde, foi um dos mais importantes membros do movimento Artes e Oficios e seguia as ideias de Morris, no qual o objeto de uso é para ser útil, transmitir a sua funcionalidade e seduzir o usuario pela resultado formal. Alem disso, ele pregava a liberdade criativa sem a preocupação comercial, o tal do mercado de hoje em dia. Nada mais moderno e atual, o resto é só mera figuração. Os seus projetos de mobiliario comprovam as suas ideias. A Blemenwerf representa bem o seu fecundo trabalho. Ela é antes de tudo graciosa. Suas linhas curvas se abrem ligeiramente nos pés e depois se voltam para o interior e no espaldar, se abrem como se quisessem receber o usuario; as ripas centrais se dividem e acompanham a curvatura do espaldar para fechar com graciosidade o conjunto formal. Para acompanhar esse movimento, o assento também é desigual. È um modelo com mais de 100 anos que ainda parece jovem.
MUSIC ROOM, Richard Riemerschmid, 1898. O arquiteto e urbanista alemão Richard Riemerschimid foi um dos fundadores do movimento Deutscher Werkbund que influenciou o nascimento da Bauhaus, deu inicio ao Design formal e uma nova visão sobre o desenvolvimento do objeto de uso. Essa cadeira bem representa o trabalho em Design de Riemerschmid. A sua estrutura tem algo de novo, a sua forma é unica. A peça curva que junta o espaldar aos pés dianteiros proporcionou uma nova maneira de fortalecer a estrutura, sem necessidades de amarrações transversais e longitudinais. A forma assim estruturada, torna-se leve e solta, mas com a impressão que se contem, como braços que seguram alguma coisa por baixo. O pequeno espaldar em compensado moldado tambem é uma inovação e demonstrou que a superficie de apoio não precisa ser algo inteiriço para abrigar totalmente as costas do usuario, nem ser de grande altura. È uma das cadeiras mais importantes do seculo XIX, um marco do modernismo que se iniciava no Design e deu origem a uma nova maneira de construir cadeiras. É inimitavel, mas permite Multivariações Formais ilimitadas; ela não é apenas um modelo formal,- o objeto de uso que se encerra nele -, mas uma forma modelo, - aquele que permite o surgimento de novos modelos baseados na sua Estrutura Formal
François Rupert Carabin, 1896. O francês e escultor e pintor François Carabin quando nas pouquissimas vezes que se voltou para o Design do objeto de uso, o fez como artista. E inovou, foi o pioneiro a dar um sentido figurativo ao mobiliario. Poucas vezes na historia do Design uma cadeira é feita como uma escultura figurativa, seja de madeira maciça ou outro material. Parece ser um tabu, uma coisa puramente artistica, mas é um desenvolvimento formal como qualquer outro e precisa de coragem para tal.Carabin mostrou isso e assim, se perpetuou e deixou de legado ao Design, um novo conceito: o objeto de uso não é algo sempre abstrato ou geometrico e com formas estritamente funcionais, ele pode se largar, se tornar vivo, ser algo mais. Depois dele, os exemplos de Design Figurativo passou a ser viavel, ser parte integrante das possibilidades formais dos objetos de uso.
CASA CALVET, Antonio Gaudi, 1898. Tudo o que famoso arquiteto espanhol Gaudi fez foi diferente de tudo e de todos. E não podia deixar de ser diferente no desenvolvimento do mobiliario. Seus moveis levam a sua marca: a ousadia formal e construtiva. Essa cadeira feita para um dos suas obras mais conhecidas, a Casa Calvet em Barcelona, atesta muito bem o seu trabalho original e unico na historia da Arquitetura e Design. A sua forma é inusitada, a sua estrutura em madeira maciça é inequivoca e a sua construção feita por modulos separados (pés, assento e encosto) é de uma ousadia extrema. Foi pensada como uma obra arquitetonica, não como uma simples cadeira, dai a sua diferença e originalidade. Cada elemento tem a sua função e forma: os pés de apoio, o assento e o espaldar E sobressai pelos desenhos e grafias exclusivas desses elementos em separado, como na sua arquitetura.. Cabe notar os pés em formatos diferentes, o assento casa com o encosto sendo diferentes em forma, a estrutura do encosto é um conjunto unico e robusto de forma bem gaudiana e preso a estrutura dos pés por um elemento surpreendente.
KLISMOS, James Newton, 1805. A cadeira é uma releitura do assento mais usado na cultura grega antiga: a(o) Klismos, o assento dos Deuses. Ela foi esquecida por muito tempo até que as escavações das cidades de Herculano e Pompeia no seculo XVIII, revelaram o seu Design. A caracteristica formal da cadeira Klismos é a sua estrutura de 4 pés com curvaturas para fora do assento, como se abrisse com o peso do usuario. Na verdade, era para dar a impressão de imponencia e segurança aos Deuses gregos. Com o passar do tempo esse particular objeto de sentar foi sendo utilizado pelos simples mortais. Após a sua redescoberta, o(a) Klismos passou a se incorporar aos diversos estilos que surgiram, como o Rococó na França e o Regency Inglaterra. A de James Newton é um caso a parte. Ele fez o que ninguem tivera coragem de fazer antes, dar um formato moderno e industrial a ele(a). Newton colocou um encosto de peça unica preso ao assento e o envolveu, por um largo arco de madeira, na parte de cima. E ainda ousou, a Klismos de Newton podia ter pés fixos ou com rodizios, que é um produto inovador da industria mecanica que surgia. É uma das cadeiras mais fantásticas da historia do sentar, servindo ao homem há muito tempo, quase três séculos antes da era industrial.
ELASTIC, Samuel Gragg, 1808. Ninguem imaginaria no começo do século XIX que um designer em Boston, EUA, - distante da Revolução Industrial europeia-, pudesse desenvolver um processo de curvar e moldar peças estreitas e compridas de madeira para se fazer mobiliario. Mas Samuel Gragg fez e patenteou o processo, sendo o pioneiro nessa nova tecnica e predecessor do bem sucedido Thonet, na Alemanha e Austria. Essa cadeira rompeu os limites da forma, com ela era póssivel fugir dos arquetipos retilineos ou aquelas formas rabiscadas dos estilos tradicionais. A sua construção é também inovadora, toda feita de ripas unidas, da estrutura as partes de uso, fazendo a união entre a estrutura e a relação assento-encosto. Como consequencia, a forma é extremamente moderna para um mobiliario construido quando os processos industrlais e fabricação ainda engantinhavam. È um exemplar que mudou o Design de Moveis.
THONET 14, 1859. A Thonet 14 dispensa muitos comentarios, ela é simplesmente a cadeira atual mais antiga e usada da era industrial. É a maior representante de um processo tecnologico que até hoje sobrevive, o de dobrar por calor os bastões de madeira. E que, como vimos no exemplo anterior, Thonet não foi o pioneiro dessa técnica, mas o inovador. E foi tão inovador que tornou o processo numa novidade extremamente bem recebida e consumida, um novo modo de fazer mobiliario. Era a forma que a burguesia industrial precisava, para se diferenciar da nobreza emprobecida que ainda usava os moveis de estilo. A Thonet 14 tem todos os requisitos que uma cadeira de bom Design precisa: é leve, segura e resistente, bonita, facil de montar e desmontar e ainda ter peças para reposição, caso quebre por uso indevido.Além disso é uma cadeira atemporal, tem identidade propria e de otimo Design. Vai resistir aos proximos seculos.
Antigas e atuais, cadeiras icônicas que fazem a história
Charles Eames criou vários móveis para a Herman Miller, na década de 50, como a poltrona conhecida como “Charles Eames”, baseada em um modelo exibido no concurso Organic Design in Home Furniture.
As poltronas La Chaise e Lounge Chair, marcaram de forma única o design do século XX.
Charles Eames
O casal Eames, referência no design americano do período pós guerra americano e responsável pela criação de pecas com baixo custo de produção, sempre valorizaram funcionalidade e ideias de vanguarda.
A Eames House, construída em 1949, na região de Pacific Palisades, Califórnia, é um reflexo claro das características criações do “casal de ouro”. A construção – projetada durante um desafio do programa Case Study House – virou referência durante as décadas de 1950 e 1960 e tornou-se preferência de fotográfos de moda para a realização de editoriais.
Casal Eames
Bertóia é uma cadeira formada por tela metálica que se adapta inteiramente ao corpo.
O projeto, valorizava funcionalidade e a flexibilidade do metal. Sua estrutura de aço curvado e soldado, cromado ou recoberto em vinil atingiu grande sucesso comercial. A primeira exposição de Harry Bertóia aconteceu em 1951 em Nova Iorque e até hoje possui projetos que são destaque e referência de design.
Bertóia
Da coleção Womb e a série Pedestal, a famosa cadeira Tulipa, até hoje símbolo de vanguarda em design.
Tulipa
Eero Saarinen recebeu diversos prêmios pelos trabalhos realizados durante sua vida. Atualmente, é considerado um dos maiores mestres da arquitetura americana no século 20.
Mesa e cadeiras Saarinen
A primeira é uma poltrona Fauteuil de bureau, preta, 1785 - poltrona evoluiu para a Gondole do séc. XIX.
A segunda é uma poltrona Fauteuil à la Reine, 1775 - espaldar reto para ser posicionada contra a parede.
A terceira é uma poltrona Bergère, 1780, poltrona larga e profunda, guarnecida por braços e assento de plumas.
E a última é uma Chaise en cabriolet, 1780 - espaldar inclinado para o conforto ao sentar-se.
Criada por Sergio Rodrigues em 1956, a cadeira Lucio Costa tem jacarandá maciço em sua estrutura e assento em palhinha.
A Easy Chair foi desenhada pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1970 e possui revestimento em couro e estrutura em multilaminado curvado em laca.
Wire Dining Chair, cadeira para sala de jantar, é uma peça de 2008 do designer inglês Tom Dixon.
Ron Arad fez essa versão revestida da cadeira Ripple para a Moroso, no 45º Salão do Móvel de Milão, em 2006.
Jean Gillon produziu em 1965 a cadeira com braço e estrutura em jacarandá e assento em couro cru.
Cadeira de 1960 de Jorge Zalszupin tem estrutura em jacarandá e assento em couro.
Bernardo Senna criou em 2008 a cadeira Antena em tubo de aço com acabamento em pintura epóxi-pó.
Cadeira Barcelona foi projetada por Mies Van der Rohe e apresentada no Pavilhão Alemão para a Feira Internacional de Barcelona em 1929.
Com estrutura em aço maciço e assento e encosto em aramado polido, a cadeira Bertoia Bis, de Harry Bertoia, foi criada em 1955.
Cadeira Cantú alta de 1959 é de Sergio Rodrigues e foi produzida em jacarandá maciço torneado, assento e encosto em couro natural.
Cadeira Toy de Philippe Starck é de 1994.
Jorge Zalszupin criou na década de 1960 a cadeira verde para sala de jantar.
Cadeiras Cesca de Marcel Brauer possuem a estrutura tubular em aço inox, característica do autor, com moldura em madeira e palha sintética no assento e encosto.
Chair One do designer alemão Konstantin Grcic, foi criada em 2004 com base em concreto e assento em alumínio.
Construída em tubo e chapa de aço pintado e assento em madeira compensada, revestida com espuma, a cadeira Cleo do designer Fernando Jaeger.
Cadeira Clover (trevo em inglês), desenhada por Ron Arad, é um pequeno sofá em forma de um trevo de quatro folhas e foi criada em 2004.
Criada nesta década, a cadeira Daniella é de autoria do designer Aristeu Pires de Gramado (RS), que atua no setor moveleiro desde 2002.
Cadeira Delta foi criada em 1926 pelo designer suíço Mart Stam.
Egg Chair é uma criação de 1956 de autoria do arquiteto dinamarquês Arne Jacobsen.
Garden Egg Chair, de Peter Ghyczy, foi projetada em 1968 e destinada para uso externo.
Cadeira Hara foi desenhada e produzida pela loja Micasa.
Desenhada por Hee Welling, a cadeira Hee faz parte da coleção do estúdio Hay, produzida na Dinamarca.
Icon Chair é uma criação de 2006 do badalado designer Philippe Stark.
Jet é uma poltrona do designer Rodrigo Dellazeri e tem estrutura em madeira maciça e revestimento em espuma de poliuretano.
Cadeira Lina é da década de 1980 e é uma homenagem do designer Porfírio Valladares à Lina Bo Bardi.
Cadeira Mika, desenhada por Lars Mathieses para a Pelikan Design.
Cadeira Navy é um clássico da Coleção Emeco. Feita em alumínio 1006, foi originalmente desenvolvida pela Alcoa para ser utilizada nos submarinos e navios de guerra da marinha americana.
Poucos objetos da história do design de móveis tiveram um impacto tão grande como a cadeira Organic High Back, desenhada por Charles Eames e Eero Saarinen, em 1940, para o concurso "Organic Design in Home Furnishings", que foi organizada pelo Museu de Arte Moderna de Nova York.
A cadeira Panton de Verner Panton foi porduzida em 1967 é um dos ícones da pop art.
Poltrona dinamarquesa criada por Jorge Zalszupin em 1959 é de jacarandá maciço.
Prince Chair foi apresentada originalmente em 2002 em uma homenagem ao príncipe da Dinarmarca. Quase uma poltrona, foi idealizada por Louise Campbell.
Cadeira Zig-zag de 1934 foi criada por Gerrit Rietveld e está na coleção permanente do MOMA (Museu de Arte Moderna de Nova York. Ela pode servir de cadeira ou mesa lateral.
Criada por Gerrit Rietveld, a cadeira Vermelha e Azul foi criada em 1917 manifesta os princípios do neoplasticismo que pregava formas e cores básicas.
Cadeira Roque de Eileen Gray possui estrutura em tubo de aço cromado e assento e encosto em couro reconstituído.
Cadeira Street do designer brasileiro Claudio Mattos Fonseca tem estrutura em tubo de aço cromado e assento e encosto em chapa de aço com acabamento em pintura epoxi-pó.
Projetada por Ross Lovegrove, em 2005, a cadeira Supernatural é toda em poliamida reforçada com fibra de vidro.
A designer espanhola Patrícia Urquiola apresentou no Salão do Móvel de Milão 2008 a cadeiraTropicália, um trabalho com entrelaçamentos de fios de plásticos recicláveis.
Cadeira Ultra Bellini foi desenvolvida pelo designer Mario Bellini na década de 1960.
Chamadas de Cadeiras Eiffe, as cadeiras Uni são moldadas em plástico e foram criadas por Charles & Ray Eames em 1948.
Cadeira curva com varetas de Joaquim Tenreiro foi criada em 1960 e possui estrutura em jacarandá e assento de palhinha.
Wiggle Chair foi criada em 1972 pelo designer Frank Gehry e é toda de papelão.
Umbrella Chair foi projetada pelo designer italiano Gaetano Pesce, na Mostra Abitare Italia de 2008.
Aeron Chair foi criada por Bill Stumpf e Don Chadwick em 1994 para a Herman Miller. A poltrona se adapta à movimentação do usuário e é 94% reciclável.
Marcel Breuer desenhou a Wassily entre 1927 e 1928 quando era professor na Bauhaus. O designer tirou da bicicleta a ideia de usar estrutura tubular de metal na construção de móveis.
Hill Chair, do designer escocês Rennie Mackintosh, foi desenhada no início do século 20 mais para ser uma peça decorativa do que um assento.
Com a poltrona Louis Ghost (2002) Philippe Starck deu novo impulso às possibilidades do uso do plástico para móveis inspirados em vintages, como esta “Fauteuil en cabriolet” Louis XVI de 1780. Irônico, seu autor declarou que isto seria o verdadeiro anti-design, já que é invisível. O anti-design foi um movimento que surgiu na década de 70, como contraponto do modernismo. Liderado pelo grupo Alchimia, mais tarde substituído pelo Memphis, cujo expoente foi Ettore Sottsass.
Ânforas
Na antiguidade clássica de gregos e romanos os vinhos eram, em geral, fermentados, armazenados e transportados em ânforas de barro de vários tamanhos. Esta técnica há séculos foi praticamente abandonada em nome de recipientes e madeira, vidro, mais recentemente, aço inoxidável.
Vintage para os animais
Essa linha apresenta televisores antigos, vídeos-cassetes, malas velhas e madeira recuperada, transformados em camas e tigelas de comida para os bichinhos. Todas as peças ganharam a etiqueta com o escrito “upcycled”, que significa trazer um material ou objeto antigo considerado sem utilidade novamente ao “ciclo”, ao serem atribuídos novos usos e maneiras de revisitá-los.
Criação dos designers Miles e Aimee.
Sobrado de 1913 reformado
Ao renovar este sobrado de 1913 no bairro Humaitá, um jornalista e uma advogada contribuíram para preservar a identidade do bairro carioca.
Veja mais detalhes em www.casa.abril.com.br
A cozinha que resgata o ar dos anos 10 com piso de ladrilhos hidráulicos...
A peça que não pode faltar
Não jogue sua história, utilize-a da melhor forma na sua decoração
Móveis, tapetes, cortinas, vasos e quadros. Decorar um lar exige tempo, cuidado, paciência. Isso porque decorar significa embelezar, requer carinho, promove aconchego, e trata-se de uma arte. Arte que nasceu no Egito, com o embelezamento das tumbas de faraós, mas que ganhou espaço na moradia somente no século 15, quando muitos móveis começaram a ser criados, como as camas e armários. Há algumas décadas, porém, nasceram as publicações segmentadas, que passaram a orientar leitores. Ainda assim, parar diante de um ambiente e idealizar como arrumá-lo não é fácil.
Decorar é um conjunto de fatores, um composto de móveis e peças que se relacionam entre si numa linguagem que informa o estilo do proprietário e a proposta do ambiente. Mas de onde parte a decoração? Qual a peça essencial, que não pode faltar? Como potencializá-la? As perguntas, um tanto subjetivas, foram feitas a vários arquitetos e decoradores de Sorocaba. Alguns não responderam, outros retornaram com respostas que podem ajudar o leitor a nortear o embelezamento de ambientes, como o uso de arranjos florais, finos ou despojados, móveis de família, que exprimem história, ou ainda espelhos, mesas.
fonte: Jornal Cruzeiro do Sul - Decoração - Casa e acabamento - 03/03/2013 - A peça que não pode faltar